Pular para o conteúdo principal

A desconhecida

   Acho estranho como somos atraídos por pessoas que nem se quer sabíamos que existia, observe!

    A muitas luas atrás (...) - Não me lembro o quando. Só sei que era uma manhã ensolarada, com poucas bolinhas de algodão no céu. Lembro que sai apressada da faculdade, empenhada em vencer os 300m até o metrô mais rápido do que o Barry Allen pudesse dizer "OS BARRANCOS QUE DESIMBARERAM!" mas, fui traída pelo meu sedentarismo e consegui a proeza de perder dois trens. 

   Depois de chegar exausta e suando que nem cuscuz, me joguei em um banco azul e comecei a pensar em coisas aleatórias e totalmente sem relevância, só posso acreditar que era o oxigênio retornando para o meu cérebro. Estava rindo de uma imagem estranha que me veio a mente e que envolvia capivaras usando sunguinha e touca de nadador quando o metrô parou na plataforma. Deixei a horda de humanos esfomeados por cadeira entrar e saltei para dentro.

   Não reparei na hora, e nem poderia, estava tentando esquecer as malditas capivaras, quando um ligeiro movimento me chamou atenção, fui puxada rapidamente do meu devaneio capivaristico e jogada em um borrão lilas. Era a cor do batom dela, tentei não encarar, mas senti uma necessidade gigantesca de tomar nota daquele ser que estava ali na minha frente, aparentemente rindo do nada e para o nada.

   Ela era solar, parecia que um brilho louco a envolvia por todos os lados, tinha um sorriso incrível, desses que fazem você querer sorrir junto, não deveria ter mais do que 1,65 m de altura, tinha cabelos ondulados e louros, usava um corte acima do ombro, tinha olhos alegres de um castanho profundo, e usava um vestido florido acima dos joelhos. Eu quis escrever sobre ela ali mesmo, desejar um ótimo dia, perguntar seu nome e o seu signo, mas eu não consegui mais do que olha-la de relance cada vez que surgia um pretexto para mirar os olhos em sua direção, apenas observei.  

   Tive esse prazer por 4 estações até chegarmos ao destino final onde acabei perdendo ela de vista, mas nunca me saiu da mente o brilho que essa moça trouxe para mim naquele dia e desde então fico intrigada em como do além aparecem pessoas como ela, que chamam nossa atenção, melhoram o nosso dia, fazem a gente ter vontade de criar laços, imaginar como seria se fossemos amigos e então cada um segue seu caminho...sem nomes, sem comprimentos, apenas cada um de volta para sua vida. 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Justificativa e resumão da viagem

    Primeiramente gostaria de pedir desculpas por esse tempo que acabei ficando sem postar, o que aconteceu foi que o meu notebook - que por sinal já esta nas ultimas - simplesmente não queria conectar no WIFI e eu na correria tentando dar um jeito acabei não tendo tempo para escrever, outro fato é que alguns produtos que comprei na internet acabou dando treta e eu estava me desdobrando para resolver - e acabou que ainda não consegui.    Saímos de MG faz alguns dias e estamos em SP na casa da minha tia Manu, íamos fazer uma surpresa para ela, mas acabamos nos perdendo e tivemos que ligar para pedir o ID da casa dela, adiantou? Não, continuamos perdidos, todos os celulares descarregados e a cada vez que pedíamos informações alguém mandava a gente pra uma direção contraria da pessoa que pedimos informações antes.  Quando conseguimos nos localizar e entrar em contato com minha Tia, ela disse pra gente ir pra estação de metrô de Osasco que ela iria encontrar a gente lá. Chegamos n

Despoetizando 2

E todas as vezes? Aquelas vezes! Vezes essas que você chorou E eu simplesmente estava lá Eu não chorei Mas, eu estava lá. E todas as palavras? Aquelas palavras! Palavras essas que você falou E eu simplesmente estava lá E eu não falei Mas, eu estava lá. Eu sempre estava lá Eu estaria lá agora Mas tem outra, onde Deveria caber apenas O meu corpo E eu continuaria lá Se você ao menos Percebesse que não Estou. E eu volto a estar lá Se você estalar E chamar. Oliveira, Camila.

Uma viagem inesperada - 1º dia

     Apesar de ter ficado animada com a viagem, já estou repensando a idéia, passar mais de 7h dormindo e acordando dento de um carro entulhado de coisa, tendo que revezar entre o ar seco do ar condicionado e o vento barulhento que entrava pelas janelas.      Tivemos apenas duas paradas significativas até entrar em Minas Gerais, um que foi em um lugar desconhecido, por onde passava uma estrada de terra e tinha muito mato, e porque paramos? Tínhamos que fazer  xixi, ai você me pergunta:  Vei, assim no meio do mato? - Pois é! Se você nunca precisou parar pra fazer xixi no mato, você não viajou direito, viaja de novo. E logo depois paramos em Vitoria da Conquista para almoçarmos, como o importante é encher a barriga paramos logo que avistamos um restaurante chamado Trilha do Norte, e olha, melhor que a comida, só a simpatia da moça que estava servindo e anotando os pedidos, não tive a oportunidade de saber seu nome, mas recomendo o lugar principalmente por conta dela.      Confes